quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Em Paris

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Memórias Sentimentais de Rudá, filho de Oswald



Entrevista feita por Alex Solnik com Rudá de Andrade, publicada em 27 de Outubro de 2008
no site http://www.semcortes.com/?p=11

"Ele, quando eu era pequeno, me mostrava pras mulheres, porque eu era bonitinho, loirinho, pra encantá-las e dormir com elas”

Para nós, seus alunos na Escola de Comunicações e Artes da USP ele era o Rodo Metálico da Rhodia. Teria sido este o nome com que seu pai, Oswald de Andrade, o batizara. E seu irmão teria sido chamado de Rolando Escada Abaixo. Agora, quase 20 anos depois, ele conta, nesta entrevista, que são apenas duas lendas criadas por desafetos de seu pai. Tão gozadores como ele. Aos 74 anos, Rudá chegou à conclusão de que Oswald deixou uma obra “sólida”. Mas a sua maior obra, ainda segundo Rudá, foi ter conseguido gastar toda a imensa fortuna herdada do pai - proprietário de uma vasta fazenda dentro de São Paulo, que ia da rua Augusta até a avenida Sumaré; da avenida Doutor Arnaldo até a avenida Brasil. Gastou em quê? Mulheres, carros, Picassos, champanhe, caviar…


na foto: Pagú, Oswald e Rudá

Rudá, eu queria falar com você sobre o Oswald…(com acento no “o”)
Primeiro reparo: não é Oswald… é Oswald (com acento no “a”). O Antonio Cândido fez um puta dum artigo explicando porque é Oswald. E todo mundo chama Oswald, Oswald… é um americanismo que tem, já virou Oswald porque tem w. Mas se você pegar o primeiro livro da edição da Globo do Antonio Cândido, tem um capítulo só sobre isso, explicando porque é Oswald. Só não tem o “o” mas até eu já pensei em colocar um “o” só pra acabar com esse negócio. Não é Oswald… é Oswald…

Escuta, você nasceu com o nome de Rudá ou com aquele nome estranho que as pessoas falam que eu não sei se é verdade ou lenda…?
É Rudá…

E Rodo Metálico da Rhodia é o que? É uma brincadeira?
Não, é brincadeira…

Até agora eu estava crente que o Oswald te chamou de Rodo Metálico da Rhodia e você mudou para Rudá!
Olha, meu nome é o nome mais estranho que tinha na época: Rudá Poronominare… é meu nome… Rudá Poronominare Galvão de Andrade… Você acha que eu ia procurar uma coisa pior?

Rudá é ótimo… parece nome de guerreiro…
Mas aí tinha aquelas polêmicas do Oswald e tal e um cara, quando eu nasci, não sei quem foi, um jornalista, escreveu mais ou menos assim: Oswald é tão louco que ele não assimilou Rudá… deu o nome no filho de Rodo Metálico, sei lá… mas isso é lenda… saiu num artigo… mas meu nome é Rudá Poronominare Galvão de Andrade, registrado no cartório da Bela Vista, comprovado, tá lá…

Mas Oswald teu pai é parecido com isso que se vê dele, como na minissérie da Globo? O que você lembra dele? Que cenas você tem dele?
Aí tem duas vertentes a tua pergunta. Uma é a minha opinião crítica e a outra sentimental. Então, é complicado. Quando você pergunta do pai, da mãe, do filho é difícil falar. Eu acho que o meu pai… quer dizer, nem meu pai é mais nesse sentido… o Oswald de Andrade é um gênio que fez uma… uma… e continua fazendo, continua mexendo, tá vivo, tá vivo na cultura brasileira… então, ele tinha teorias, romances, trabalhos, isso, aquilo e tal e a talvez a coisa mais importante que ele fez é estimular pessoas que continuam fazendo ele, sabe. Então, a maioria das… eu assino muito autorização de coisas baseadas em Oswald e tal, então, são criações novas, eu acho que ele tá muito vivo por causa disso. O Zé Celso, depois que ele fez aquela maravilha do Rei da Vela e tal, e todo mundo vai um pouco nessa onda, do tropicalismo. Eu acho que, por um lado ele é um autor que tem uma obra sólida, importante, aliás, importantíssima. Foi feito agora um trabalho sobre o pau-brasil, o nível de solidez, de erudição… é impressionante. As pessoas pensam que é brincadeira, não é, não, é muito séria. Mas, o que eu acho legal… eu fiquei tonto… eu fiquei bêbado… com a leitura que eu fiz de um trabalho que vai ser publicado sobre o pau-brasil…é estrutural…é a estrutura da cultura brasileira, sem dúvida nenhuma…

Mas como é que ele era em casa com você?
O que eu acho legal é que isso vai, é como se fosse um esperma espalhado que vai nascendo coisas pra lá, pra cá, de todo lado, de todo jeito, isso como escritor, como autor. Até pouco tempo atrás eu tinha certas dúvidas quanto à solidez da obra dele. Hoje, não tenho mais…mais pelo que eu li sobre ele… eu não sou especialista em Oswald, não entendo a obra dele direito …mas, pelo que eu leio, pelo que eu vejo, acho que ficou um troço sólido e importante.


Quando você nasceu ele tinha quantos anos?
Eu sou de 30, ele é de 90.

Quarentinha?
Quarenta anos.

E como ele era com você? O que ele falava com você? Era engraçado?

Olha, ele gostava muito de comer…

O que ele comia especialmente?
Ah, não. Comidas boas. Ele, por exemplo… tem o mercado municipal de São Paulo. Lá, aquele mercadão. Ele ia lá de madrugada, levava champanhe gelada pra comer ostras! Quando eu falo que ele gostava de comer, não é brincadeira! Ele ia com pessoas, e tal, levava os amigos. Então, a minha experiência com ele… eu descobri as cantinas do Brás, numa época em que isso ainda não era feijão com arroz. Ele me levava no Brás, eu era criança, sei lá quantos anos…é só fazer as contas…tô com 74 anos… digamos que eu tinha dez anos, alguma coisa assim…a aristocracia paulistana e a pequena burguesia não ligava pra isso. Ele… No fundo, esse negócio dele de modernismo entrava nessas coisas, de descobrir coisas. Assim como ele foi procurar Aleijadinho e as coisas de Minas, coisas folclóricas brasileiras e tal… Mario de Andrade também foi, mas com uma metodologia mais acadêmica…

E qual era o conflito entre os dois?
Não sei…

Ele não comentava?
Não. Mesmo depois da briga ele sempre admirou o Mário. Quando o Mario morreu, eu presenciei ele lendo no jornal que o Mario morreu, a gente estava num trem, vindo de Piracicaba, ele chorou, ficou triste… Chorou, não, mas muito abatido, tal, ele sempre teve admiração pelo Mário. É uma briga, assim, que… É que também eram personalidades muito diversas. O Mario era… o Mario era veado, né? E o Oswald era um sacana, né? Mulherengo…É coisa diferente…O Oswald fazia tudo pra comer uma mulher…

No que fazia bem!
Ele, quando eu era pequeno - isso é coisa que me contaram, eu não lembro - mas ele me mostrava, assim, porque eu era bonitinho, loirinho, me mostrava pras mulheres, pra encantar elas e comer. Essas coisas, assim. O Oswald era meio safadão. Eu acho que a obra dele que ficou importante, a vida dele é meio questionável. E a obra dele é inquestionável.

Ele comentava sobre os livros dele com você?
Também, também…

Falava pra você: leia meus livros?
Ele fazia isso com todo mundo. Ele gostava muito de reunir os jovens e fazia leituras das coisas que estava escrevendo. Fazia muito isso. Lia e tal. Mesmo porque, tem que partir do seguinte princípio: desde que ele nasceu até que morreu a obra dele nunca foi aceita e lida. Hoje é que é lida. Nem é lida, é pouco lida.

Naquela época ele não era considerado?
Ninguém lia. Então, ele queria mostrar o que fazia.

Mas eu li em algum lugar que, em 1937, o livro Serafim Ponte Grande estava esgotado.
Também, na época, o que é que foi? Uma tiragem de 1000 exemplares, alguma coisa assim. Esgotado, não; não conseguiu vender. Tava lá na casa dele. Eu pegava uns par de livros dele … Serafim, A Morta, O Rei da Vela… ia vender no sebo pra ir no cinema. Roubava lá… vendia por quilo no sebo. Não dava, não saía…

Quer dizer que ele não era um cara importante?
Não é que não era importante. Ele era conhecido. Ele era em São Paulo uma figura. Famoso porque ele aprontava muito.

O que que ele aprontava?
Em todos os níveis. Casava com uma, casava com outra… foi riquíssimo… foi comunista… fazia isso, fazia aquilo…então, e fazia, e brigava muito… então, ele tinha toda essa coisa assim, mas ele tinha muito prazer em ler as coisas que ele escrevia. Se você perguntar pro Décio Pignatari, pro Augusto de Campos, que eram jovens… ele lia pra eles o que escrevia…e todo mundo que procurava ele recebia e gostava… eu cheguei a ter reuniões com meus amigos e pré-adolescentes entre os quais o Gianotti e… pra discutir besteira, sei lá…pra discutir a existência de Deus…esse tipo de coisa assim… a bíblia…ele queria mostrar que aquilo era uma ficção…mostrava as contradições… ele era muito disponível pra essas coisas…então, é isso.

Mas o que ele aprontava?
Ele não perdia oportunidade de fazer qualquer tipo de… não sei, ele era meio extrovertido, uma pessoa que gostava de… era um pouco exibicionista, não sei… não sei se é essa a palavra exatamente, mas enfim… ele sempre contestava, fazia, em qualquer lugar.

O que você viu ele fazer de diferente?
Não sei, brigar com os estudantes na escadaria do Municipal. Eu ficava até com medo quando era criança… brigar, berrar.. dez, quinze, cinqüenta estudantes contra ele… e ele fazia, gritava…

Você disse que teve uma fase em que ele foi rico?
Foi riquíssimo.

Mas rico de que? Ele tinha o que? Fazenda de café?
Ele não foi só rico, ele foi riquíssimo! Ele foi…ele foi no São Paulo de, sei lá, 1920, por aí, 1910, antes de 20… 12, 15, ele era o maior partido de São Paulo. Porque era um rapaz bonito e dono de… riquíssimo. Meu pai era riquissimo. Ele conseguiu - essa foi a coisa mais fantástica que ele fez, mais que a obra literária - ele conseguiu gastar todo esse dinheiro na vida dele. E morreu na miséria. No fim da vida, até eu emprestei dinheiro pra ele. Paguei lá umas dívidas…Ele era riquíssimo! Aquele negócio de levar Tarsila pra Paris, o maior costureiro e tal… ele era o maior partido de São Paulo, bonito, intelectual, filho único, escritor, jornalista…

Então ele comia todo mundo!
Pois é…

Mas gostava da família ou nem ligava?
Não, não, ele era muito familiar também. Ele era muito galinha com os filhos…

Galinha com os filhos quer dizer o que?
Queria que os filhos ficassem ao lado dele…

Que programas ele fazia com você?
A gente ia, sei lá, em circo, no Piolim, como é que chama? Aquele negócio de boneco… teatro de fantoche… ele me levava em todo lugar. Família… por exemplo… enfim… eu tinha convivência com ele, mas também muito longe, porque tinha aquele negócio de correr da polícia…

Por ser comunista?
É…Então, a minha vida com ele não era permanente, não. Eu vivi também muito separado dele. De vez em quando encontrava e tal.

E de política? O que ele falava do Getúlio? Xingava?
Em relação ao Getúlio eu tenho pessoalmente um trauma muito grande…

Por quê?
Porque minha mãe foi presa, torturada…

Mas por que? Comunista?
Porque era a ditadura do Getúlio. Então, pra mim, Getúlio… eu reconheço que ele tem valores, estadista, começou a fazer uma série de coisas importantes e tal, mas não me escapa os males que ele fez. E depois eu participei desde adolescente de todo o processo político… no fundo, ele estava mancomunado com o fascismo…Eu tive uma participação ativa contra tudo isso.

Ah, claro.Tua mãe é a Patricia Galvão, a Pagu. A segunda mulher do Oswald…Tua mãe ficou presa muito tempo?
Cinco anos. Ela tinha uns 20 anos. Foi torturada, machucada…

Mas isso foi antes de você ter nascido…
Não senhor!

Quantos a Pagu tinha quando você nasceu?
Vinte anos…

Nova assim?
E logo depois já foi presa. Com um ano eu fui visitá-la na cadeia.

Na Tiradentes?
Não, primeiro em Santos.

Isso pra uma criança é terrível. Ver a mãe na cadeia.
Mas isso não me traumatizou.

Teu pai foi casado com ela durante o tempo todo da prisão dela?
Mais ou menos…

Em 1934…tua mãe ainda estava presa e ele estava casado com a pianista Pilar Ferrer, não é?
Era um caso dele…

Você conheceu?
Não. Ele teve um caso com ela, mais ou menos fixo…

No mesmo ano, no dia 24 de dezembro de 1934, teu pai assina um contrato pré-nupcial com separação de bens com Julieta Guerrini…
Ele casou com ela.

E a Julieta Guerrini, quem é?
Julieta Guerrini é uma grande figura…É uma pessoa extraordinária. Poetisa de primeira, pintora… só que ela não se aplica… mas muito estranha, muito estranha…

Estranha por que?
Porque ela é uma pessoa fantástica!

Estranha no bom sentido?
Sim, sim.

Essa você conheceu?
Sim. De uma certa forma, fui um pouco criado por ela…Ela é uma pessoa fora dos padrões convencionais. Se ela estivesse falando com você, ela diria: escuta uma coisa: o que você tem a ver com tudo isso? Ela é assim. “Mas por que você quer saber?”. Ele ficou com ela um bom tempo. Até 40 e pouco,,, ficou com ela uns cinco anos..

Os padrinhos de casamento deles foram Casper Líbero, Portinari e a Clotilde… você sabia?
Não. Clotilde é a irmã dela…são quatro irmãs. São quatro irmãs velhinhas que vivem até hoje…

A Julieta está viva??? Ela deve estar com quantos? 90?
Sei lá. As quatro irmãs devem estar na faixa de 80, 90… o pai dela morreu com 103…estão aí firmes. O meu pai casou com a Julieta e meu irmão mais velho casou com a irmã dela…a Adelaide…que é mais jovem…

O Nonê?
Ele casou com a Adelaide. Ainda hoje falei com ela.

Em 36, o Oswald…passa a morar no Rio de Janeiro… avenida Atlântica…é isso?
Não é bem morar. Ele ficou uns tempos por lá e tal. Porque o negócio aí é o seguinte também: tinha o negócio de fugir da polícia. Então, ele ficava no Rio, ficava aqui, ficava não sei aonde. Ele comprou um apartamento no Rio, está lá, até hoje..em Copacabana….Avenida Atlântica 290, apartamento 103… e em São Paulo, na mesma época, morava na rua Julio de Mesquita 103 apartamento 13 A.
Ta lá até hoje, fantástico, um prédio antigo… passei parte da minha infância lá…parecia um navio, janelas redondas…a gente morava no último andar… uma cobertura, mais ou menos…

Em 1935 ele comprou uma serraria, não foi?
Sim. Foi lá no Vale da Ribeira. Foi um negócio de tentar um investimento qualquer e tal. Não era bem uma serraria. Era um sitio que tinha lá… mas era um negócio bem… lá perto de… depois do…Itanhaém… Peruíbe… é pra aqueles lados.

Quer dizer que ele era dado a negócios também?
Não. Tentava se salvar pra arranjar um dinheiro, alguma coisa. E não deu certo também.

Em 1941, ele tentou de novo: montou um escritório de imóveis na rua Marconi…
É aquele negócio de querer recuperar a herança… do pai dele… que era muito rico… meu avô era dono de Cerqueira César inteiro!…Tinha uma chácara…chácara, não, uma fazenda, que ia da rua Augusta… em cima ia da doutor Arnaldo até a avenida Brasil, mais pra baixo ainda, pegava a Rebouças até a avenida Sumaré. E ele loteou aquilo tudo. Botou bonde na Teodoro Sampaio. Era riquíssimo. O Oswald conseguiu gastar tudo!

Ele comprava muito carro, não é?
Ele comprava tudo… mulher… coisa… carro… champanhe… caviar… tudo! Conseguiu não me deixar um tostão!

Em 43 ele casa com Maria Antonieta d’Alkimim… era mineira?
Não, era lá de Piracicaba… uma menininha, uma normalista que foi secretária dele, foi contratada pra datilografar o Marco Zero. E datilografa daqui, datilografa dali, datilografa ali, aí ficou, né.

Bonitinha e tal?
Quem apresentou ela pra ele foi a Julieta…

A própria Julieta?
É, porque as duas eram de Piracicaba, a menina precisava de um trabalhinho, um emprego, foi lá datilografar….

Ser filho do Oswald ajudava, atrapalhava ou era indiferente?
No começo, atrapalhava, quando a polícia corria atrás dele… depois, nos anos 60, mais ou menos, era indiferente… hoje, ajuda. Hoje ser filho do Oswald é importante. Qualquer coisa que eu queira…Eu estou com o condomínio atrasado lá pra pagar… a mulher sabe que eu sou filho do Oswald… então, tudo bem.

Pensei que só eu tinha aluguel atrasado.
Hoje o Oswald me ajuda. Mas naquela época era zero. Antes era negativo. Quando eu era menor, mais jovem, não me identificava.

Ele era um exemplo negativo?
Totalmente…

Eu nunca vou esquecer do dia em que você dirigiu um jipe em marcha-a-ré, no Embu…quando você era meu professor, na ECA…
Você estava lá?

Estava. No jipe. Dez quilômetros em marcha-a-ré…era uma coisa que teu pai poderia ter feito, não?
Você estava lá na produção?

Estava no jipe…E o teu irmão?
Qual deles… o Kiko?

Você tem algum irmão chamado Rolando Escada Abaixo, ou também é lenda?
É lenda…É Kiko, Geraldo Galvão Ferraz…

É teu irmão? Está brincando!
É filho da minha mãe… está em Nova York…O Nonê já morreu…

O Nonê é que seria o Rolando Escada Abaixo?
Não, o Rolando Escada Abaixo seria o Kiko…

Também foi invenção de alguém…? A mãe dele - a Pagu - estaria grávida e teria caído da escada. Ela nunca caiu da escada?
Nunca. O pessoal era muito louco naquela época, então fazia coisas, sei lá, uma lenda, um negócio. É que ela perdeu um filho, antes de mim. Pulou do navio, sabe? Na água e tal… essas coisas…

Pulou do navio? Acidente?
Não, acidente não, aventura…

Navio em alto mar?
Eu não lembro direito. Mas tem uma história. Sei que ela perdeu a que seria a minha irmã. E que se chamaria Alma… perdeu a Alma e tal… depois vim eu, depois veio o Kiko, e o Kiko virou Rolando Escada Abaixo….

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"é proibido não sonhar"

Pichação na Universidade de Paris 10 - Nanterre