O CAPTAIN! my Captain! our fearful trip is done; The ship has weather’d every rack, the prize we sought is won; The port is near, the bells I hear, the people all exulting, While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring: But O heart! heart! heart! 5 O the bleeding drops of red, Where on the deck my Captain lies, Fallen cold and dead.
O Captain! my Captain! rise up and hear the bells; Rise up—for you the flag is flung—for you the bugle trills; 10 For you bouquets and ribbon’d wreaths—for you the shores a-crowding; For you they call, the swaying mass, their eager faces turning; Here Captain! dear father! This arm beneath your head; It is some dream that on the deck, 15 You’ve fallen cold and dead.
My Captain does not answer, his lips are pale and still; My father does not feel my arm, he has no pulse nor will; The ship is anchor’d safe and sound, its voyage closed and done; From fearful trip, the victor ship, comes in with object won; 20 Exult, O shores, and ring, O bells! But I, with mournful tread, Walk the deck my Captain lies, Fallen cold and dead.
terça-feira, 6 de abril de 2010
O Captain! My Captain!
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quinta-feira, 4 de março de 2010
O Caos vive
Sadomasoquismo Intelectual é o Fascismo dos Anos 1980: A Vanguarda Come Merda e Gosta Comunicados da Associação Pró-Anarquia Ontológica Hakim Bey Comunicado #5 Recentemente uma certa confusão sobre Caos, levantada por certos setores revanchistas, importunou a AAO, forçando-nos (a nós, que desprezamos polêmicas) a enfim participar de uma Sessão Plenária devotada para denúncias ex cathedra, nefastas como o inferno; nossas faces de retórica, perdigotos voando de nossos lábios, as veias do pescoço inchadas com o fervor do púlpito. Devemos, por fim, nos resumir com cartazes com slogans raivosos (em caracteres de 1930) declarando o que a Anarquia Ontológica não é.
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domingo, 28 de fevereiro de 2010
Homenagem ao prof. Gildo
Mensagem de despedida ao professor Gildo Marçal Brandão
USP Online
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Consciência Verde
Entrevista com Gary Snyder extraída de: Consciência Verde. Gary Snyder, defensor de uma vida mais simples e próxima da natureza
O que é consciência ecológica para você?
O termo “consciência social” surgiu da preocupação com a saúde e a justiça da humanidade. Precisamos, de fato, nos preocupar com as desigualdades da nossa ordem social e com o sofrimento de alguns de nossos irmãos. Já a consciência ecológica é a preocupação com todos os seres,todas as espécies,todos os habitats e ecossistemas complexos que constituem o mundo orgânico. A consciência ecológica é a extensão de uma preocupação moral que vai além das estreitas fronteiras humanas.
E de onde vem essa sua idéia de êxodo urbano? O campo está preparado para receber as pessoas de volta?
Chamei isso de re-habitação, um conceito que, às vezes, eu mesmo acho que parece ficção científica. Mas, quando olho para a realidade ao meu redor, sinto que meu raciocínio faz sentido: caminhando nesse ritmo, haverá um tempo futuro em que seremos obrigados, por causa do colapso ambiental, a deixar as cidades e os subúrbios, voltando para os campos.As pessoas vão voltar a viver com simplicidade e ecologicamente, desenvolvendo uma intenção sincera de estar ali por muitos milhares de anos, mantendo práticas verdes e sustentáveis.
Enquanto isso não acontece, como conseguir viver bem e aliviar a tensão típica de quem mora nos grandes centros?
Não assista a tantos programas de televisão, coma alimentos saudáveis, durma bem, acorde cedo, respire profundamente, faça exercícios, medite, cuide das necessidades da sua família, dê atenção aos seus amigos e a todas as pessoas. Olhe mais para o céu e para as águas correntes, escute os insetos e os pássaros e agradeça ao universo visível e invisível, sempre. Já é um bom começo. É importante lembrar também que cidades são apenas grandes vilarejos próximos de rios ou de mares. Precisamos amá-las mais.
Mas e quanto ao ambiente em si, não há nada que possamos fazer para tentar evitar esse colapso que você cita?
Claro que há. Uma boa arquitetura urbana, por exemplo, pode fazer uma grande diferença de preferência, se ela estiver aliada a um planejamento urbano verde. Eu ganhei um vídeo sobre a cidade brasileira de Curitiba, onde parece que as pessoas deram alguns passos na direção de tornar a cidade melhor para se morar.
E hoje em dia, mesmo uma pessoa acostumada ao conforto das grandes cidades conseguiria se adaptar ao campo? Não existe o risco de devastação das paisagens naturais caso esse retorno bucólico ocorra?
É tudo conciliável. Graças à tecnologia e ao conhecimento de que dispomos atualmente, é possível viver com conforto e sem agredir tanto a natureza. Veja o nosso caso: vivemos num lugar ermo, onde não há rede elétrica. Então dependemos de painéis solares, grandes baterias e um gerador para fornecer a eletricidade, recurso que aprendemos a não desperdiçar nunca deixamos uma luz acesa à toa, mesmo as crianças agem assim, espontaneamente. Não usamos ar-condicionado, esquentamos nossa casa com lenha, recolhida do chão da floresta. Usamos roupas quentes no inverno e quase nenhuma roupa exceto colares de contas e brincos no verão.
Mas há espaço para esse estilo de vida? As pessoas estão interessadas em viver de forma tão diferente?
Sinceramente, acredito que sim. Sou constantemente convidado a dar palestras sobre questões ambientais: falo de florestas, vida selvagem, e também sobre as grandes questões das economias globalizadas e o imperialismo do mundo desenvolvido. Defendo a sobrevivência das culturas indígenas em todos os lugares povos que mantêm o estilo de vida que considero adequado. Aproveito essas ocasiões para mostrar que nossa preocupação ética não pode ficar limitada aos seres humanos, mas deve ser estendida a todas as espécies. O princípio judaico-cristão “não matarás” apenas se refere aos seres humanos. Está na hora de englobar a natureza.
Você também teve contato com o xamanismo e com plantas de poder. O que essas experiências lhe ensinaram sobre a natureza?
Tive algumas experiências com xamanismo em Turtle Island, onde conheci um guia em experiências espirituais. Experimentei o cogumelo psilocybe e o cacto peyote. As plantas de poder foram sempre muito instrutivas. O que quer que sejam em seus caminhos complexos, mostraram verdades escondidas dentro de mim.
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Tenho
Adeus para sempre, rainha das fadas! Excusez un peu... Que grande constipação física! (Álvaro de Campos) Extraído de: http://www.revista.agulha.nom.br/facam38.html
Tenho uma grande constipação,
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam-nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor.
0 que fui outrora foi um desejo; partiu-se.
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando.
Não estarei bem se não me deitar na cama.
Nunca estive bem senão deitando-me no universo.
Preciso de verdade e de aspirina.
Postado por lalb às 19:00 0 comentários
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Cajuína cristalina em Teresina
Torquato Neto (1944-1972)
Cogito
eu sou como eu sou
eu sou como eu sou
eu sou como eu sou
eu sou como eu sou
Literato cantabile
agora não se fala mais
a guerra acabou
Agora não se fala mais
Agora não se fala nada
Você não tem que me dizer
só tem que me dizer
não tem que me mostrar
quando eu nasci
da Série "Sintonia de nossa Sincronia": Torquato Neto.
seleção e nota: Fabiano Calixto e Ricardo Domeneck
Post extraído do blog http://revistamododeusar.blogspot.com/2008/03/torquato-neto-1944-1972.html
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
A linguagem parece sonhar
Saussure, o pai da lingüística moderna, uma vez começou a estudar anagramas latinos - um corpo poético obscuro, usado em grande parte ocasionalmente - para ver que provas eles poderiam conter a respeito da natureza da linguagem. À medida que ele comparava os anagramas com outros tipos de poesia latina, começou a perceber anagramas nestes outros textos. Certas letras, sempre formando palavras que reforçavam o assunto do poema, estavam embutidas e padronizadas de acordo com a superfície lingüística dos textos. Quando ele investigou a prosa latina, também encontrou anagramas. Poesia latina medieval? Mais anagramas. Mesmo a poesia moderna, escrita por estudiosos, trazia tal sintoma. Seria uma conspiração bizarra, uma tradição passada silenciosamente de poeta a poeta, mas alheia à filologia? Saussure começou a agir de forma estranha. Escreveu uma carta a um professor de literatura clássica, que vivia na Suíça e era conhecido por seus versos em latim polido. "Por que sua poesia está cheia de anagramas?", perguntava Saussure. "O que está acontecendo?" Desnecessário dizer que ele não obteve resposta. Nesse ponto, Saussure cambaleou para trás como se estivesse sentindo a vertigem de cair num abismo. Ou a conspiração era real, ou então a própria linguagem era a fonte de tantos anagramas. A própria linguagem tinha uma espécie de inconsciente, um processo onírico, que se organizava em jogos sinistramente sagazes, de palavras sobre palavras, de palavras dentro de palavras, significativos anagramas ocultos, embutidos, inscritos em todo texto que ele examinava. Havia um nível de linguagem além da langue/parole, do signo e do significado? Ou ele estava enlouquecendo? Abalado, Saussure abandonou o projeto. (1)
Nota:
1 - Veja o estudo de Jean Starobinski (1979) sobre os cadernos não publicados de Saussure sobre anagramas, Words Upon Words: The Anagrams of Ferdinand de Saussure. (N. A.)
Extraído de:
Peter Lamborn Wilson - Chuva de Estrelas : o sonho iniciático no sufismo e taoísmo
Postado por lalb às 14:50 0 comentários
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